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domingo, dezembro 27, 2009

Boas Passagens*

Que a presença dos amigos ilumine a nossa entrada neste novo ano
E que a Luz Antiga nos guie os caminhos que nos esperam*

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Yule *


O ano celta é dividido em duas partes diferentes: o ano claro ou crescente, governada pelo Rei Carvalho ou o ano escuro ou decrescente, governada pelo Rei Azevinho.
A história mais contada na época do Inverno era a batalha dos irmãos gémeos Rei Carvalho e o Rei Azevinho, a vitória da luz sob as trevas, também conhecida por Mito do Veado e do Lobo. Nos seis primeiros meses do ano, é o Rei Carvalho (Luz) que governa e temos dias claros e longos, com o sol intenso. A figura do Rei Carvalho é representada por um jovem forte, audacioso, corajoso que caça a Deusa pelas florestas. A cada novo dia o sol torna-se mais forte, até ao Litha que é quando ele se apresenta cansado, as suas forças já não são as mesmas e trava a batalha com o seu irmão, o Rei Azevinho (escuridão), que consome o que resta das suas forças. O Rei Carvalho é vencido, sendo o trono ocupado pelo Rei Azevinho. O Rei Azevinho é representado com um ancião, sábio e bondoso, que traz o Inverno do Norte, usa peles de animais e uma coroa de azevinho. O Rei Azevinho traz a morte e a vida, o filho Sol nasce no Solstício de Inverno, quando o Rei Azevinho(trevas) perde o trono para o seu irmão, o Rei Carvalho (luz).
Com este conto desejo-vos um *Feliz Yule*, que já dura desde 21 deste mês.
*E não se esqueçam de se divertirem com a vossa árvore, porque a tradição é nossa!!!!!*
Não nos devemos esquecer que este festival assinala a passagem das Trevas para a Luz, da morte para, aos poucos, a vida. O Deus nasce da Deusa, nas trevas, no frio, na chuva. Lembrem-se que do Samhain ao Yule passarm duas luas, que é o tempo normal de gestação de muitas espécies. É tempo de nos deixarmos envolver pela beleza de tudo o que nos rodeia.

terça-feira, dezembro 15, 2009

Expandir!!


  
   Um grande poder libertador que podemos experimentar é o do perdão.
  Tudo o que bloqueia, impede, magoa e alimenta a dor e a disposição kármica nas nossas vidas se dilui nessa chuva terna que traz alívio e esperança. Ela Expande! Abana e desafia os limites que nos rodeiam e dá-nos asas para os ultrapassar... É uma porta para o nosso laço com o divino que há dentro de nós... É o dizer: "Já chega, o meu crescimento e evolução são mais importantes do que agarrar-me à dor. Eu quero ser mais e melhor!".
   Ás vezes, depois de nos envolvemos numa situação conflituosa, assola-nos a ideia de que é melhor aguentar e engolir tudo porque "não queremos arranjar problemas..." e "se tentarmos até conseguimos não olhar para o que está errado...", tudo isto adia a nossa paz interior e alimenta a dor e a frustração por negarmos o nosso grito (de direito) por uma vida em harmonia. Ás vezes demora até darmos o passo do saber e perceber que temos que sair até à efectiva passada, medida, resolução, conversa ou discussão que daí resulte. Admitir que não está tudo bem é só o princípio, mas depois disso, não há como voltar a pôr as lentes cor de rosa que coloriam a realidade. A verdade liberta a força que destrói o que está mal, e o perdão (pelo sofrimento que infligimos a nós próprios até reagir) reconstrói a nossa ligação natural com a harmonia e a graça divina.
   Depois da tempestade, a água que com violência nos assustou na sua caída, alimenta a terra que sedenta a espera para poder fazer crescer a vida. Um ciclo que se fecha... e que merece ser celebrado! E assim a nossa vida ultrapassa mais uma etapa, volta mais uma roda, e expande-se mais para abraçarmos o ser de luz que nascemos para ser.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Agitar as Águas*


Como o fluxo do nosso ânimo vivo, as correntes de magia tem a sua própria disposição. Há alturas em que sentimos que navegamos na Vontade Divina e somos imediatamente respondidos, e outras em que a nossa mente quer pedir mas o nosso portão mantém a harmonia fechada, e a nossa corrente de vontade não sai de nós para se unir ao fluxo de magia do universo. Parece que entre as duas instâncias da nossa identidade, mente e coração, não vibram como deviam, a sabedoria dos dois não se cria e a harmonia não acontece. Já pensei que quando dispostos todos os dados e cartas de um contexto, a mudança que tentamos fazer acontecer pode ser desejada pelo universo ou não, e o que falta então é mais poder que crie outro caminho... Como tudo na vida de uma feiticeira, aprender é saber quando curar e quando deixar doer. Não conseguimos agitar uma onda sem agitar o resto do lago. A voz que nos diz age e a voz que nos diz espera. Fazer Magia não é uma estratégia. É uma forma de viver. Saber quando agitar as Águas e saber quando sentir e reflectir a sua envolvência.

domingo, novembro 08, 2009

Íris


É pequena, linda, amorosa e ainda não abre os olhos, mas já vê tudo.

A pequenina Íris nasceu. E este foi o seu primeiro dia. A Íris é a filha da mulher que em tempos foi nossa irmã e que, portanto, seguia o mesmo caminho que nós, até que decidiu afastar-se da nossa irmandade, do nosso coven e seguir a sua vida afastada de nós.

Bem vinda ao mundo, querida. E sê forte.

domingo, novembro 01, 2009

*Samhain*




Oh, Samhain,
E o véu estreita,
Cânticos de morte,
E da vida feita.
O Deus morreu,
A Senhora chora,
Espectro de Luz,
Que às Trevas volta.
Duende e elfo,
Silfíde e fada
Rei Dragão
Ondina e Tritão
Saem dos covis
Círculo de Magia
Dançam em alegria
O’Espírito assim quis.
Oh, Samhain
E o véu estreita
Cânticos de morte,
E da vida feita.

por White Wolf (Eolande)

domingo, setembro 20, 2009

Dûrsi Monoe Nûr



O cheiro quente e adocicado das noites de verão percorria as ruas suspensas pela hora avançada.

Era Lua Nova.
Uma irmã levantou-se de mansinho da cama. Silenciosa. Seguiu até a varanda atraída pela brisa que lhe trazia o cheiro a alfazema vinda dos campos da mãe. Tinha um canteiro de alecrim perto da janela do quarto. Sim...também sentia o alecrim.
Desceu as escadas de madeira com cuidado. A madeira do bosque do pai. O cheiro do cedro. A aspereza das mãos que a embalam e a protegem misturada com o cheiro de tomilho fresco e oregãos colhidos no final do dia para levar para casa. Deslizou pelo corredor saboreando a pedra do chão que contrastava com o ambiente mais quente e lhe fazia o sangue aquecer correndo mais depressa. Sim, o nervoso do passeio clandestino também ajudava.
Abrindo a porta devagar para não acordar o trinco velho e ruidoso, saiu de casa. Palpou satisfeita com os dedos do pés a terra arrefecida levemente pela noite. Sorriu para o céu escuro e seguiu em frente. Caminhou até à árvore velha dos ramos torcidos e pacíficos. “E agora?”.... “Que querem que eu faça?” Os sons da noite pausaram serenamente e ela viu-se envolvida na harmonia que vinha da velha guardiã à sua frente. “Vem filha... Conhece-me como eu te conheço... Escuta-A...”. A criança aproximou-se mais da antiga vibração que se ressoava com a sua voz na mente. “Quem és tu? Escuto quem? Quem é Ela?...”. “Não estarás só... oiçam o céu... a chuva e as nuvens vão mostrar-vos o que serão.”, a voz transformou-se no resfolgar das folhas na copa do velho carvalho. “O céu?...”. Um som de passos leves fê-la parar de pensar. Virou-se com calma e tentando parecer descontraída.
“Mana? Estás aqui a fazer o quê?”
“Isso pergunto eu! Levantaste-te da cama para sair de casa porquê?” 
A pequena figura fitava-a com curiosidade através de um cabelo dourado revoltoso de quem saiu dos lençóis de repente.
Não valia a pena inventar. Ela saberia. Apesar de ser mais nova, ela saberia se não lhe dissesse a verdade. Ainda lhe ocorreu que a pudesse ajudar no enigma das respostas no céu.
“Chamaram-me.”
“Quem?”
“Sinceramente, não sei... A voz veio no cheiro das alfazemas...”
“E o que te disse?”
“Primeiro o meu nome... eu segui a voz até chegar aqui, à frente do carvalho.”
“E depois?”
“Depois disse-me: “Conhece-te. Ouve-A.””
“Ouvir quem?”
“Eu também não sabia, até que me disse: “Oiçam os céus, nas nuvens e na chuva.””
“Mas...não vai chover agora... Não cheiro a humidade...”
Maninha pequenina. A mana do seu coração. Tão nova e tão velha. Com ela podia ser quem era verdadeiramente, sem medo de se mostrar, sem medo de ser julgada.
“Talvez não seja para agora que tenha que descobrir...”
“Mana... A voz disse oiçam... quem vai estar contigo?”
Até ouvir a pergunta que já tinha feito a si própria em voz alta não tinha desconfiado da resposta. Mas ao vê-la à sua frente, com a camisa comprida lilás e o olhar vivo e atento, a verdade da sua suspeita imediata ganhou sentido.
“Tu Aysu.”
“Eu?”
Sorriu ao ver a surpresa e o entusiasmo do que sabia ser uma confirmação da resposta.
“Quem mais? Aqui no nosso covil, tão perto da nossa natureza humana, tão perto da nossa natureza elemental e primal, cuidadas pela Mãe e guardadas pelo Pai... Quem mais é parte de mim?”
Um sorriso tímido mas orgulhoso.
“Alva, um tigre e um lobo podem viver juntos, sempre?”
“Se o tigre e o lobo definirem bem as responsabilidades na vida um do outro desde o início, e se a busca da luz e do equilíbrio for um Caminho partilhado, não vejo razão para deixarem de ser um só. Mesmo que tiverem de trilhar por estradas afastadas, a Lua há-de ser sempre a mesma a brilhar-lhes e a lembrar-lhes de quem são, de onde vêm e para onde vão. O Sol será o mesmo a acompanhá-los ao longo das vitórias e obstáculos que se lhes depararem. O amor vais ser um laço que nunca os vais deixar de fazer sentir parte de uma unidade maior.”
“Mas...e quando não houver Lua? E quando for Lua Nova? Eles não vão ver  a Lua, e vão-se sentir mais sozinhos...”
“Quando chegar a noite de Lua Nova, o tigre e o lobo vão saber que aquela noite é só sua. Porque a Luz da Lua e do Sol vai correr-lhes nas veias e no coração. E saberão que é em noites sem Lua que nos lembramos de quem somos e o que viemos fazer. Nascemos dentro de nós próprios em Lua Nova.”
“Então a Lua Nova é a nossa guia. A anciã que nos concede o conhecimento da nossa personalidade e poder. Devíamos celebrar isto.”
Ver a sabedoria nos ombros e o amor no olhar. Fitam-se e sentem fluir aquele energia de cada uma mas que já não é só das duas.
Sorriem e voltam-se para a entrada da casa.
“Vamos dormir mana. A coruja já nos está a lembrar das horas.”
“Vamos. Antes que chegue a tua estrela da manhã...”
“Gracinha a tua...”
Felizes percorrem o caminho de volta para as camas. Em minutos estariam a dormir soltamente.

Algures na penumbra dos sonhos, encontram-se duas irmãs. Está um tempo estranho. Chove aos soluços e o sol bate-se para ir brilhando nos intervalos. As duas olham-se e procuram à volta mais sinais da natureza que lhes fala. Ao enquadrarem o céu acima das suas cabeças vêem um estranho Arco-Íris deitado sobre elas. Uma gargalhada a duas vozes ecoa pelo sonho e um nome gritado em tom de descoberta e destino: Irmandade do Arco-Íris!

 Alva Möre

Para a minha Lua de Água

segunda-feira, setembro 07, 2009

A nossa Moonie*

Saudações aos nossos visitantes!

Adoptámos uma loba muito especial chamada Moonie!
Encontramo-la entre a Serra de Aire e Candeeiros e ficou feliz por nos ter surpreendido na nossa caminhada =)

Ela fez questão de guardar o nosso Covil e nós aceitamos com alegria!

terça-feira, agosto 25, 2009

Responsabilidades da Feiticeira e do Feiticeiro*



Assumir o seu poder e os seus dons.
Proteger-se sem se anular.
Defender-se consciente do seu poder e dos seus efeitos.
Proteger as suas irmãs e irmãos.
Honrar a sua relação com a Mãe, sendo fiel à sua felicidade e equilíbrio.
Honrar a sua relação com o Pai, guiando quem a/o procura com luz e amor.
Servir e dedicar-se à Humanidade e à Terra.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Lua de Milho


Foi no dia 6 deste mês que a Lua se encheu totalmente e apareceu, grande, linda e amarela no céu anil.
A Lua Cheia de Agosto é apelidada de Lua de Milho, uma vez que é neste mês, normalmente, que se dá a colheita do milho. Também é chamada de Full Reddish Moon (Lua Cheia Avermelhada) e Full Sturgeon Moon (Lua Cheia do Esturjão - relacionada com as tribos pesqueiras e melhor época de pesca do esturjão).
Relembro os meus avós, a minha bisavó, pessoas da terra, as minhas tias às vezes e eu. Jnutávamo-nos todos na eira cheia de espigas de milho secas e, por baixo da Grande Mãe sentávamo-nos no chão (os mais novos) ou em bancos e com um pauzinho em formas de lápis começávamos a descamisar o milho.
Relembro também que enquanto o fazíamos a minha bisavó (na altura a pessoa mais velha lá da terra) contar que os antigos, pois já gerações anteriores o faziam, quando encontravam uma espiga de milho-rei, milho vermelho, corriam pela gente que estava de volta da "descamisa" a dar um beijo na cara das raparigas (se fosse um rapaz) ou vice-versa.
E lembro ainda que quando ela contava essas histórias e eu fechava os olhos e quase podia jurar que me lembrava de fazer isso há muito tempo atrás...recorações.

quarta-feira, julho 29, 2009

Sabbat Lammas ou Lughnasad para solitários

1° de Agosto ou 2º de fevereiro
Comece marcando um círculo com cerca de 3m de diâmetro. Erga um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada (laranja ou amarela) do Sabbat. À esquerda (oeste) da vela, coloque um cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de milho e uma do Sabá Lammas do ano anterior. A norte da vela, coloque um prato com sal, pó de terra ou areia para representar o elemento terra. À direita
da vela (este)coloque um punhal consagrado (athame) e/ou uma espada cerimonial consagrada e/ou varinha e um incensório com incenso de alóe, rosa ou sândalo.
Salpique um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo Norte, trace o círculo com a ponta da espada cerimonial, com a sua varinha ou dedo indicador da sua mão do poder, movendo-se no sentido dos ponteiros do relógio, en­quanto diz:


"Com o Sal e a Espada Sagrada (ou varinha)
eu te consagro e invoco,

oh círculo de magia e luz deste Sabbat,
sob o nome sagrado da Deusa e do Deus
e sob a sua divina protecção.

Que se inicie agora este Ritual Lammas,
com alegria e comtemplação."

Coloque de volta no altar a espada cerimonial ou a varinha (se usou alguma delas). Acenda a vela e diga:


"Neste círculo consagrado do Sabbat eu vos conjuro, agora, oh espíritos sagrados do antigo e místico Elemento Fogo.

Acenda o incenso e diga:
Neste círculo consagrado do Sabbat eu vos conjuro, agora, oh espíritos sagrados do antigo e místico Elemento Ar.

Segure o punhal na mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga:
Neste círculo consagrado do Sabbat eu vos conjuro, agora, oh espíritos sagrados do antigo e místico Elemento Terra.
Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga:
Neste círculo consagrado do Sabbat eu vos conjuro, agora, oh espíritos sagrados do antigo e místico elemento Água. "


Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a boneca nova de milho e coloque-a junto à vela, e diga:

"Oh, Senhores da Colheita,
Eu agradeço-vos por nos sustentar
Nas próximas Estações e
Pela generosidade desta colheita.
Assim seja."

Pegue a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabbat:

"Senhora e Senhor da Colheita do passado, Queimem agora. Aos Deuses vós devereis voltar.
Aençoai-me com a sorrte e o amor do Deuse da Deusa acima. Assim seja!"

Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo em movimento contrário ao sentido dos ponteiros do relógio com a espada cerimonial, varinha ou com o dedo indicador da mão do poder.
Enterre as cinzas da antiga boneca de milho, como oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova para o próximo Sabbat Lammas.

De seguida proceda ao banquete, pois qualquer ritual requere o uso de energia e deixa-nos um pouco fracos embora, também, energizados no sentido de felicidade.

A minha sugestão é a seguinte: para bolo pode levar uma tartezinha de frutos do bosque, muffins de mirtilos ou de milho, uma vez que são frutas cuja colheita se dá nesta altura; para bebida pode optar por vinho, ginger ale ao cerveja normal (se for conduzir não beba cerveja com álcool) ou então um suminho Compal (que é sempre a minha escolha).

sábado, julho 18, 2009

Lughnasadh, Lammas, 1.ª Colheita



Lammas ou Lughnasadh é o Festival da primeira colheita, um festival do fogo.
Data também chamada de "Bilberry Sunday" (domingo dos arandos), fruta abundante na zona da Grã-Bretanha e cuja colheita se dá de meados de Julho a Agosto.

Este Sabbat é celebrado a 1 de Agosto, época ideal para agradecer por todas as nossas colheitas, sejam elas boas ou não, pois sabemos que tudo é necessário para o nosso crescimento espiritual.

No Lughnasad, Sabbat que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão a Lugh, Dana, Aine e a todas as divindades da colheita, fartura e protecção, os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra, e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.

A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho.
Deve-se agradecer tudo o que foi colhido, pois sendo bom ou menos bom, tudo é um veículo evolutivo.

O outro nome do Sabá é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso deve-se ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que é dividido entre todos. Os membros do Coven devem fazer um pão comunitário, que deverá ser consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo.
O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser lançados ao Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde estarão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais.
O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que nos devemos libertar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida. É costume guardar uma boneca do ano que se esta a celebrar e queimar uma do ano anterior para trazar boa sorte. O Altar é enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.

O vocábulo "Lughnasadh" também foi traduzido como "casamento de Lugh". Assim, durante esse momento do ano era habitual estabelecer entre as famílias as futuras uniões dos filhos, a data da celebração das núpcias cujo pacto durava um ano e um dia e podiam renovar-se cada ano nesta data.

É nesta data que se inicia a morte do Deus, uma vez que os dias se vão tornando mais pequenos. Lugh é o deus celta do Sol.

domingo, julho 12, 2009

Litha*


Litha!
O tempo de Sol e numa noite de Lua Nova.
Tempo de apanhar as ervas mágicas que transbordam de poder.
Hora das fadas que se aproximam e mexem com as nossas vidas.
O solstício de verão é um tempo de alegria e contemplação.
Os seus sabores são frescos, doces e ácidos: morangos, framboesas, amoras, pêssegos e nectarinas.
Os seus aromas são silvestres: margarida, lavanda, lírio-do-vale, milefólio, calêndula..
As suas cores são quentes: vermelhos, fuscias, dourados, amarelos e laranjas.
As suas entidades mágicas são aladas: fadas, silfos e zéfiros.
Os nomes mágicos chamados: Aine, Cernunos, Ísis, Cerridwen, Neith, Ishtar e Bendis.
A energia está vibrante mas também resguardada, pois é o tempo das energias em transformação da terra.

Alva Möre

quinta-feira, maio 21, 2009

O Tigre e o Falcão*


O Totem que me escolheu desde cedo sempre foi o Tigre. Com este protector poderoso vem toda uma carga amorosa inerente aos felinos (pode vir-nos rapidamente a imagem de um gato a ronronar sonolento enrolado ao nosso colo), a ligação com o elemento Água da emoção e da mutação, bem como ao elemento Fogo da paixão e da energia. Herdo também o laço com a Lua, pelo Yin Yang das riscas do meu Totem.
A fogosidade de espírito, o contágio da energia libertada pelo Tigre, podem ser sentidos pelas pessoas à sua volta, mas a intensidade das suas emoções podem ser uma faca de dois gumes. Com o Tigre aprendo a ser cautelosa, a mostrar-me tanto como a camuflar-me nas situações em que me envolvo. Outra característica deste Totem é a sua devoção, tanto à família como aos amigos. São protectores ferozes. Daí que no meio de tanta intensidade, o Tigre precise do equilíbrio da Água, que o compensa das suas paixões e explosões de energia com o tónico regenerador do amor despertado pelas pessoas a quem se dedica. Por isso, a missão do Tigre, é caminhar no equilíbrio, usando o seu poder para criar e evoluir tanto o seu caminho como o dos outros à sua volta.

Para além do Tigre, outro Totem que me visita em sonhos é o Falcão.
A presença deste totem na minha vida lembra-me das minhas asas. O vento é um grande mestre na minha vida, e eu ligo a manifestação do Falcão á sua orientação na minha vida. O Falcão é paciente e incisivo. Alerta-nos para a necessidade de uma visão holística da realidade. Ver cada situação no seu todo, atento a cada elemento e característica. É o Totem que me lembra do meu compromisso com o conhecimento e da busca continua da sabedoria.

terça-feira, maio 19, 2009

Lobo e falcão



Os meus totens são o lobo e o falcão, sendo o inicial e principal o lobo. Não fui eu que os escolhi, eles é que me escolheram. Cada animal tem a sua personalidade, tal como todo o ser vivo. Mas há características que são predominantes para determinadas espécies.

Falcão - Precisão, mensageiro, olhar a volta, abertura a distância, oportunidades.

Lobo - Amor, relacionamentos saudáveis, fidelidade, generosidade, ensinamento, protecção.

Sinto-me protegida e segura, graças a eles. O respeito é mútuo, a comunhão é inexplicável.

São parte de mim e eu aceito-os e amo-os como seres e espíritos que são.

Conta a lenda Navajo que o lobo e o falcão são duas partes de um ser, o lobo é a parte do falcão que ainda não aprendeu a voar.

segunda-feira, abril 06, 2009

*Totens*


O nosso Covíris (Covil do Arco-Íris) tem guardiões poderosos. Cada Totem protege-nos de uma maneira única e especial. Os seus poderes sagrados e ancestrais abençoam-nos. Sejam dotados de garras, asas, presas, barbatanas, olhares profundos como a própria terra, os espíritos que nos guardam tem um papel importante na nossa evolução espiritual. Através deles são-nos dados sinais que só nós entendemos. Um dia quando tivermos o nosso espaço, vamos sentir a necessidade de os honrar com uma imagem, um pendente, uma estátua, que nos aproxime deles, e que nos lembre da sua constante e protectora presença em cada segundo das nossas vidas. Ver o nosso Totem, seja em sonhos, visões ou espaço real, é sentir o tempo parar, e olhá-lo nos olhos é mergulhar na sabedoria infinita dos seus corações. É um momento tão especial que nos vais fazer transbordar de alegria e paz. Os seus passos vão andar sempre perto dos nossos. A sua recompensa é ver-nos crescer e seguir o nosso caminho em comunhão com o universo. Eles merecem o nosso amor, o nosso respeito e a nossa atenção Sempre. Lembremo-nos pois, da sua benigna presença, e agradeçamos as suas bênçãos sábias e de amor.

segunda-feira, março 30, 2009

MAE

M de Mary, de Magia, de mudança.
A
de amor, de Arte, de amizade, de ascensão.
E de Eolande, de escolha, de espírito.
A nossa irmandade mudou, e, assim, surgiu também a necessidade de mudarmos o nosso símbolo. Demorou, mas por fim libertámo-nos das redes de frieza e egoísmo que nos tentavam prender. Fizemos uma escolha melhor, mudámos e já não valia a pena estar ligado a algo que não mais existia. A Luana foi expulsa da irmandade na lua de neve. Tinha-lhe sido dada uma lua para ela reflectir e tomar alguma decisão no que tocava à nossa irmandade, no caminho que na altura chamávamos das três.
Agora, sobram duas. Temos noção que o caminho é longo e que, portanto, ainda há muito a percorrer. O passado servirá para iluminar o passado e o futuro.
Escolhemos a magia, escolhemos o amor, escolhemos o espírito.

O caminho foi traçado, há que segui-lo,
com magia, verdade e dedicação.
Aqui neste momento, nesta hora,
Invocamos a vossa protecção,
o vosso amor e a vossa benção.
Assim seja em nós, para sempre e agora.

quinta-feira, março 26, 2009

Nova Lua


Como o ciclo da natureza, da vida/morte/renascimento, a nossa Irmandade vive cada elemento deste processo. Sofremos com este Inverno, como os prados que viram as flores tão vivas e tão cheias de esperança numa Primavera outrora, observamos o tempo do frio e da lua da neve a chegar, e a levar o que já não viveria o próximo Ostara. Como toda a natureza, as pessoas vivem-nos e deixam de nos viver. Entram na nossa vida, estão o tempo que é suposto e depois continuam o seu caminho, com as suas escolhas.
O amor do universo é esta troca constante de energias, que nos mostram novas perspectivas do mundo em que vivemos e de nós próprios. O Imbolc já nos agraciou com os novos rebentos de vida, e o Ostara já nos honra com o seu calor prenhe de promessas de calor e de crescimento. Damos as nossas boas vindas às energias desta nova Estação. E inauguramos o nosso fortalecido laço entre irmãs. Sob a mesma face negra da lua nascemos. E sob a nova face da lua homenageamos o nosso amor e alegria que eternamente nos juntam ao longo das nossas vidas num encontro feito de magia.