Sinto um desejo que aperta o fôlego, de mergulhar, sentir a água fria contra o meu conforto.
É uma vontade que percorre a pele, desafiando a minha ponta dos dedos...
Ela diz-me "age... lança em frente e vê quão longe vai a tua palavra".
E eu olho para a água à minha frente, um rio que me viu crescer.
O vento assobia entre o meu cabelo e segura a minha face.. arrepio..
Sinto a aspereza rugosa da superfície fria na minha palma.. pedra..
Negra de guardada no meu bolso, mas vislumbrando os tons azuis da sua sua voz inocente latente...
Sinto a sua pulsação...
Fecho os olhos e sussurra-me o seu pedido mais uma vez...
Ecoam-me em espiral as sílabas de cada palavra...
A pedra na mão...
Deverei eu acordar novamente as águas?